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segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Governo Federal deve liberar CRM provisório para médicos estrangeiros atuarem no Brasil

 

O Ministério da Saúde criou o Programa de Valorização da Atenção Básica de Saúde (Provab) para que os médicos possam atuar nas áreas mais carentes dos Estados e municípios


Medida foi informada aos prefeitos do Amazonas pelo líder do Governo, Eduardo Braga
Medida foi informada aos prefeitos do Amazonas pelo líder do Governo, Eduardo Braga (Roque Sá/Agência Tempo)
O Brasil tem um déficit de 146 mil médicos. A proporção de 3,5 médicos por cada mil habitantes é o número ideal segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). A média brasileira é de 1,8 médico, ficando a Região Norte abaixo desse patamar, com 0,9 profissional por cada grupo de 1.000 habitantes. O dado preocupante foi revelado pelo presidente do Conselho Nacional de Secretários Estaduais de Saúde (Conass) e secretário de Saúde do Estado do Amazonas, Wilson Alecrim. 
“Nós temos que criar uma medida alternativa para que tenhamos os médicos necessários para a ocupação dos postos que estão vagos”, disse Alecrim. Para ele, não há como esperar que as 192 faculdades de medicina do País formem os médicos e os lancem no mercado de trabalho até porque metade delas ainda está em processo de formação, um período de nove anos (seis de graduação e mais três de especialização). “Não podemos penalizar as populações que sofrem com a ausência de médicos por conta de questões corporativistas”, criticou o presidente do Conass.
São essas alternativas para enfrentar os sindicatos dos médicos e o próprio Conselho Federal de Medicina (CRM) que o Governo Federal está preparando medidas para levar médicos ao interior do Brasil e às periferias das grandes cidades. O Ministério da Saúde criou o Programa de Valorização da Atenção Básica de Saúde (Provab) que já distribuiu sete mil bolsas, no valor de R$ 8 mil cada uma, para que os médicos possam atuar nas áreas mais carentes dos Estados e municípios.
Na reunião com 35 dos 62 prefeitos do Estado do Amazonas, no último dia 29 de janeiro, em Brasília, o líder do Governo, senador Eduardo Braga (PMDB-AM), anunciou que a presidente Dilma Rousseff vai editar uma medida provisória, ainda no primeiro semestre de 2012, permitindo que médicos estrangeiros trabalhem legalmente no interior do País.
“A ideia é expedir uma autorização do CRM provisória, válida para um período de dois anos, desde que seja para trabalhar em regiões isoladas do Brasil. Serão convidados a vir ao Brasil, médicos de países em crise econômica, como Portugal e Espanha, que não terão problema de comunicação com o nosso povo por conta do idioma. Da mesma forma, podemos atrair médicos cubanos, peruanos, bolivianos, enfim, profissionais que inclusive já atuam no interior do Amazonas, mas de forma irregular”, informou o senador Eduardo Braga.
Reserva de mercado
Na opinião do líder do Governo, a medida deve enfrentar certa rejeição do Conselho Federal de Medicina. “É natural que a classe médica brasileira relute contra o assunto, pois ela deve lutar pela reserva de mercado. Mas os profissionais de saúde precisam entender que, pelo menos nos próximos 15 anos, o Brasil não conseguirá formar médicos em quantidade suficiente para atender toda a nossa população, principalmente as comunidades mais isoladas do País”, declarou o parlamentar.

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Presença de trabalhadores estrangeiros cresce 46% no Ceará

Estado ocupa segundo lugar em investimentos de estrangeiros pessoa física no Brasil, com R$ 46.059.981,91 em 2012
        
 

A quantidade de autorizações de trabalho de estrangeiros no Ceará, em 2012, aumentou 46% na comparação com o ano anterior, foram 967 permissões contra 664 permissões em 2011. Os dados são do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

De acordo com o MTE, os trabalhadores da Coréia do Sul respondem pela maioria das autorizações concedidas em 2012 no Estado, um total de 256 permissões. Em seguida, o órgão concedeu mais vistos para profissionais de Portugal (172), Itália (127), Espanha (75), Índia (62) e Estados Unidos (55).

O Ceará ficou em segundo lugar em investimentos de estrangeiros pessoa física no Brasil, com um montante de R$ 46.059.981,91 no ano passado, segundo MTE. São Paulo lidera, com R$ 78.049.820,18 investidos.

Das 967 permissões no Estado, 278 referem-se a especialistas com vínculo empregatício; 232 à assistência técnica por prazo até 90 dias (sem vínculo empregatício); 223 a investidor pessoa física; 129 à assistência técnica, cooperação técnica e transferência de tecnologia (sem vínculo empregatício); 42 à artista ou desportista (sem vínculo empregatício); 38 administradores, diretores, gerentes e executivos com poderes de gestão e concomitância; e 25 a outros profissioanais.

Brasil
No País, 73.022 trabalhadores estrangeiros ganharam autorizações temporárias e permanentes para atuar no Brasil em 2012, com destaques para americanos (9.209), filipinos (5.179) e haitianos (4.860). Segundo o MTE, São Paulo (30.177) e Rio de Janeiro (24.634) foram os estados que mais receberam profissionais de outros países.

Redação O POVO Online

Interesse de estrangeiros em estudar no Brasil

 

Maior crescimento entre 2005 e 2012 foi de vistos pra espanhóis.
Também cresceu vinda de estudantes da Colômbia, França, Itália e Portugal.

Carla Modena São Paulo, SP




A cada ano, o Brasil atrai jovens estrangeiros que vêm estudar aqui. O interesse dos estudantes espanhóis pelas escolas brasileiras foi o que mais cresceu.
Sofia Raposo veio de Portugal, Marc Vallverdú, da Espanha, Hannes Aigner é austríaco e Anna Katharina Lemke, alemã. Em comum, a vontade de conhecer uma cultura nova e entender como funciona o nosso mercado. Eles estão no Brasil para o mestrado em gestão internacional.
O Brasil se tornou destino de muitos estrangeiros, que buscam aqui uma oportunidade de aprender. Nos últimos sete anos, de acordo com dados do Ministério das Relações Exteriores, dobrou o número de vistos emitidos para estudar no Brasil.
O maior crescimento entre 2005 e 2012 foi de vistos pra espanhóis: mais de 1.000%. Também aumentou significativamente o número de estudantes da Colômbia, França, Itália e Portugal.
“A maior parte deles, estudantes das áreas mais técnicas, como todas as engenharias, arquitetura, todas as áreas ligadas à tecnologia e computação, química, biologia e business”, diz Paula Prado, gerente executiva da Associação Brasileira de Intercâmbio Profissional.
Sofia Raposo, que mora em Lisboa, sabe bem porque o Brasil anda tão atraente. “É uma economia muito maior do que a de Portugal e está a crescer, que é uma situação que eu, em termos de mercado de trabalho, não tenho em casa”, afirma.
Com a crise na Europa e nos Estados Unidos, países como Brasil, Rússia, China e Índia se tornaram alvo de legítimos interesses internacionais.
“O Brasil, dos mercados emergentes, é o mais ocidentalizado dos que estão crescendo mais. Então, para uma pessoa que quer sair para o mercado emergente mas não quer ir para uma cultura totalmente diferente, o Brasil aparece como uma alternativa bastante relevante para esses alunos”, diz Edgard Barki, coordenador do Mestrado Profissional da FGV.
A ponta final desses estudos pode ser um emprego por aqui mesmo ou em alguma empresa na Europa que tenha negócios na América Latina, como conta Marc Vallverdú, o espanhol de 22 anos. “Para poder voltar em algum momento”, afirma.
Hannes Aigner tinha como opção 18 universidades no mundo. Decidiu vir para o Brasil e acredita que fez a escolha certa.

Cresce o número de estrangeiros que vieram trabalhar no Maranhão

 

Somente no ano passado, foram concedidas 439 autorizações.
Maior parte veio dos Estados Unidos, do Reino Unido e da Alemanha.

Do G1 MA , com informações da TV Mirante
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É cada vez maior o número de estrangeiros que ingressam no mercado de trabalho no Brasil. Segundo o Ministério do Trabalho e Emprego, no Maranhão, só no ano passado, foram concedidas 439 autorizações para contratação de trabalhadores de outras nacionalidades, a maior parte veio dos Estados Unidos, do Reino Unido e da Alemanha.
No último ano o Maranhão foi o quinto estado do Nordeste que mais recebeu estrangeiros para trabalhar no Brasil.
Muitas dessas pessoas deixaram os seus países de origem em busca de estabilidade financeira e qualidade de vida. Caso do engenheiro argentino, Guillermo Bracco Yanca, que veio trabalhar numa multinacional no Brasil há quatro anos.
A crise econômica que afeta o país vizinho nos últimos anos fez o engenheiro em eletrônica tomar uma decisão: deixar a Argentina para buscar uma oportunidade definitiva no mercado de trabalho brasileiro.
Guillermo diz que existem muitos profissionais estrangeiros, principalmente na Argentina, que sonham em vir trabalhar no Brasil. Segundo ele, o mercado de trabalho no país é muito bem visto lá fora, com chances de se conseguir emprego em grandes empresas.
O argentino já construiu sua família por aqui. Tem mulher e filho e revela que não quer sair do país. Daqui pra frente ele só pensa em se naturalizar brasileiro. “Eu quero me estabelecer no país, visitar minha família, meu país. Mas quero dar uma vida melhor para minha filha”, afirmou o engenheiro em eletrônica.
Tem estrangeiro que está há mais tempo no país. E viu lá atrás o quanto esse mercado já era promissor. Sofiane nasceu na Tunísia, estudou na França e há 18 anos mora no Brasil. Foi durante uma palestra que ele recebeu o convite para trabalhar aqui.
O doutor em Ciências da Computação ajudou a criar o primeiro programa de pós-graduação em Engenharia Elétrica da UFMA. Sofiane também é presidente da Academia Maranhense de Ciências e já recebeu os títulos de cidadão maranhense e ludovicense. Se casou com uma tunisiana e teve filhos que nasceram aqui.

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Brasil concedeu 73 mil vistos a profissionais estrangeiros em 2012

 

Dados do Ministério do Trabalho mostram que, nos últimos três anos, o número de profissionais de outros países com autorização temporária para permanecer no país cresceu 137%

Reunião de trabalho
SAE quer discutir mais eficiência na concessão de vistos para mão-de-obra qualificada (Thinkstock)
O Brasil concedeu 73.022 autorizações de vistos de trabalho a estrangeiros no ano passado, de acordo com balanço divulgado pelo Ministério do Trabalho e Emprego na tarde desta quarta-feira. Desse total, 64.682 foram vistos temporários e 8.340 permanentes.
Os dados mostram que, nos últimos três anos, o número de profissionais estrangeiros com autorização temporária para permanecer no país cresceu 137%, passando de 2.460 profissionais em 2009 para 5.832 em 2012. Segundo o Ministério, "esses profissionais são altamente qualificados e vêm ao Brasil exercer profissões nas áreas de gerência e supervisão de empresas". As áreas principais são engenharia, tecnologia, análise de sistemas, petróleo e gás, construção civil e infraestrutura.
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Portugal, Espanha e China foram os países com maior número de cidadãos que tiveram os vistos concedidos. Em 2012, o número de vistos emitidos a portugueses cresceu 81% em comparação com 2011; para espanhóis, o crescimento foi de 53%; e para os chineses, de 24%.
No visto permanente, o número de estrangeiros subiu de 3.834, em 2011; para 8.340, em 2012. Nesse grupo também estão investidores pessoa física que, devido ao alto valor investido no país, ganharam visto de permanência. De 2011 para 2012, o número de investidores com visto de permanência cresceu 15% - e, segundo o Ministério, deixaram no país 286 milhões de reais em investimentos. Portugal foi o país que mais obteve vistos permanentes, com aumento de mais de 100% em relação a 2011.
Sem burocracia - O Ministério do Trabalho afirma que um sistema de imigração mais ágil está sendo implementado para simplificar o processo de autorização de trabalhadores estrangeiros no Brasil. O sistema permitirá que todo o procedimento seja feito pela internet, com certificação digital. O objetivo é eliminar totalmente os documentos enviados em papel e reduzir o prazo de tramitação, que hoje dura em média 22 dias.
Incentivo - O ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) da Presidência da República, Moreira Franco, defendeu na última terça-feira, em evento no Rio de Janeiro, uma política que incentive a imigração de trabalhadores qualificados. "A política migratória é um tema que diz respeito à própria natureza de uma sociedade. Estamos tratando de fluxo migratório para influenciar o processo produtivo. Precisamos que esse debate seja estendido, para que as pessoas possam compreender melhor a dimensão disso", disse o ministro em texto publicado pela SAE.
De acordo com ele, o Brasil precisaria ter cinco vezes mais imigrantes para alcançar a média latino-americana, dez vezes mais para alcançar a média mundial e 50 vezes mais para chegar aos números da América do Norte e Oceania.
Além de mecanismos para diminuir a burocracia, Moreira Franco propôs modernização do processo de concessão de vistos e tratamento diferenciado aos imigrantes interessados em trabalhar em setores mais carentes de profissionais qualificados. "Não há razão para que os jovens de Portugal e Espanha, que vivem atualmente em meio a uma crise, não vejam no Brasil uma oportunidade de trabalho", destacou durante o evento.